19.11.10

"O amor é louco, é cego, é doente"

Também esta notícia.

3 comentários:

Patrícia Lino disse...

Caro Leão Hebreu,


vim ler, muito curiosa, a notícia de que ontem me falou. Com efeito, encontro semelhanças entre o excerto das Mitologias e o caso inverso de Mário Pessoa (ainda que o considere bem mais desinteressante, caindo - como é natural das práticas avaliativas - nos princípios do pensador de Estagira). Postas assim as coisas, sou levada a querer escrever: "O Homem é louco, é cego, é doente", e nem por isso deixa de ser prazeroso.


Queira receber um abraço apertado da
Sibila das Dunas

Patrícia Lino disse...

Sobre este assunto, lembrei uma notícia antiga, de 2006, que, felizmente, consegui encontrar na internet:

http://dn.sapo.pt/inicio/interior.aspx?content_id=644886


"Homens que matam as companheiras. Mulheres que matam os companheiros. É uma realidade transversal a todas as faixas etárias, e a todos os estratos sociais, ao longo de todo o ano. Não é um ímpeto de Verão."

Leão Hebreu disse...

Sibila,

Muito Obrigado pela leitura e pela achega ;-)

Acabo de ler a notícia do DN, e, incrivelmente, não me recordo de ter dado conta do caso. É um facto maciço. As onze palavras do bilhete:

"Vimos por este meio dizer que as nossas vidas acabam aqui."

E aquilo que se seguiu à leitura desta frase. É trágico o modo como por vezes olhamos com ligeireza a vida dos outros, como se ninguém a habitasse por dentro, como se não estivesse lá ninguém, dentro. E a facilidade com que convocamos argumentos para justificar o injustificável, usando as palavras para nos escondermos, como nesta queirosiana tripla adjectivação, faz-me pensar na forma de encarar as palavras: o último tiro deste homem foi desferido sobre a palavra "amor".

Sempre a considerá-la, receba um forte abraço deste seu,

Leão Hebreu